Todo mundo já falou dessa merda dessa guerra e fico cá eu, com os meus botões... sem falar nada por que me falta forças para achar que vale a pena falar alguma coisa no mar de asneiras que são ditas e escritas.
Para começo de conversa vamos estabelecer:
1. Teoria é uma coisa linda
2. Nessa vida TUDO é uma questão de perspectiva - O copo está meio cheio ou meio vazio (essa babaquice)
3. Toda generalização incorre num erro inclusive essa.
Numa época em que aparentemente todo mundo sabe tudo ou, aparentemente tem uma opinião tão excelentemente formada, eu venho sim com o meu relativismo por que me intriga horrores saber de onde essas pessoas tiram tais certezas e fatos que
mencionam. Uns podem querer se basear na história mas, todo mundo sabe que o desvio existe por causa do padrão e vice-versa, ou seja, tudo nessa porra dessa vida pode acontecer. O que a gente tenta, dada uma situação e considerando as partes envolvidas na equação, é traçar alguma linha lógica de ação e, é nesse ponto que eu sento e choro de dar risada. Considerando que as partes são governos liderados por Saddam Hussein e George Bush incluir a palavra "lógica" na setença me soa por si só demência de quem escreve.
Se uma pessoa está certa de que tem razão ela, no final das contas, para o que lhe importa, ela ESTÁ certa.
Exemplo cretino: "Living with Michael Jackson"
Não importa quantas vezes o entrevistador perguntava se ele achava certo ou razoável algumas afirmações e opiniões que ele possuia, que o Michael continuava dizendo que sim. Eu sei que não é o caso mas, a impressão que eu tenho é que essa guerra é entre um torcedor do corinthians e outro do palmeiras. O "detalhe" é que quando duas pessoas discutem futebol elas realmente não tem argumentos indiscutíveis para suportar o fato de que seu time, dada toda a história dele e não um momento no tempo, é melhor do que o outro. Elas simplesmente sentem isso e ponto final. Teoricamente, invoco preceito número 1, essa guerra é uma questão
que deveria possuir argumentos lógicos, fatos indiscutíveus para serem apresentados e, então, a decisão seria tomada mas, aí eu entro com os dois pés com o meu relativismo.
a. Quem de nós pobres cidadãos comuns tem reais condições de saber o que está em jogo aqui? A cada semana eles abrem uma pasta ou fazem um documentário (inclusive aqui no Brasil), sobre algo estarrecedor que era realizado por governos daqui e dali e que ninguém sabia.
b. Moral - invoco preceitos 1 e 2 - Eu acho de cair o queixo essa coisa: "os americanos tem que aprender!", "os americanos tem que pagar" e todas essas demais babaquices que o povo adora ficar escrevendo por aí. Por que eles deveriam ter que pagar? Por estarem numa situação melhor que o resto? Ah, diriam alguns, mas eles fizeram isso às custas do mundo. Eu pergunto, é mesmo? Quer dizer que o mundo não teve participação alguma ao se vender em determinadas situações? Entendam, ninguém compra o que não está à venda de uma forma ou de outra. Se eles encontraram o preço dos demais, glória deles de ter conseguido tal coisa ENTRETANTO, países não são pessoas e usar critérios de avaliação que servem muito bem para julgar pessoas JAMAIS vão servir para julgar países. Existe muito mais além do bem e do mal. Existe muito mais além do que podemos ver. Acreditem, não estou descartando a necessidade e a exploração dessa necessidade mas, coloco em questão o quão errada ela é. Poder corrompe, é claro que sempre existe quem não é corrompido - preceito 3 - mas, até onde no nosso mísero dia a dia não somos os EUA para nossas empregadas domésticas, motoristas de ônibus, limpadores de rua, etc... até onde, pessoas, que não tem tanto poder para corromper quanto um país, na mais trivial de suas atividades não usufrui de facilidades e, até mesmo, não explora os demais em benefício próprio de formas inclusive passivas? Isso, de forma alguma exíme qualquer agressor da culpa de sua agressão mas, eu sou da humilde opinião que a gente antes de apontar o dedo para os demais deve apontar o dedo para si próprio e, nesse caso, para o nosso próprio país. A sociedade americana tem defeitos? Nossa, bem-vindo ao mundo! Seria intrigante é se ela não tivesse defeito algum. Os defeitos dela só incomodam tanto os demais por que eles conseguiram se dar bem. Foi colocando "no" de muita gente, com certeza mas, o nosso país vagabundo já colocou "no" de muita gente também além, é claro, de muitas vezes terem colocado "no" nosso como resultado de uma transação simples de mercado. Compra e venda. Ou seja, no que se refere a moral, à obrigação dos EUA com o mundo e todas essas merdas...eu acho muito bonito pregar mas, quero ver alguém fazer antes de cobrar. E, se não for o caso, se existem partes insatisfeitas dada a atual configuração, levanta a bunda e faça alguma coisa. Adoro gente que olha para uma situação fudida e pergunta: "Ninguém vai fazer nada?" Se te incomoda, se mexe para fazer diferente! Ainda mais numa questão tão ampla como essa... deve ter alguma coisa, por mais insignificante que seja, que alguém incomodado possa fazer. Eu, só não reclamo daquilo que não pretendo mexer a bunda para mudar ou, no cúmulo do distanciamento, não pretendo pagar alguém para mudar para mim. Aliás, aproveitando o ensejo, eu gostaria de deixar minha dúvida sobre quem, esses que acham que os EUA são tão ruins assim, que merecem pagar, ou qualquer outra merda, deveria entrar no lugar deles? Já que, o ser humano até então - nunca se sabe né... - provou ser um bicho escroto que sempre acaba comandado por um líder, seja ele imposto ou não. Saindo os EUA de cena, quem entra no lugar? Eu, particularmente, sou adepta dos infernos conhecidos, ou seja, antes lidar com um velho inimigo que eu já sei as "manhas" do que arranjar um novinho. Vai ser melhor? Ah, é claro que isso ninguém sabe né... então por que cargas d'agua tamanho ódio e vontade de mudar? Querendo e gostando ou não, quando não é um maluco que assume o poder - tratamos disso mais tarde - eles não são tão lamentáveis assim. É o óbvio ululante que eles vão querer defender os próprios interesses e, na minha humilde opinião, é o óbvio ululante que as demais partes deveriam fazer o mesmo mas, sem um lunático para os liderar eles não são a escória do universo. Eles são só eles... tem muita gente idiota? É claro que sim! Mas, também tem muita gente consciente!
Uma outra expressão que me irrita é"o americano médio"... alguém já pensou em qual é o "brasileito médio"? Alguém lendo essa merda que eu estou escrevendo se enquadra na descrição? Quantos "brasileiros não médios" a gente tem nesse país? Na hora de falar sobre o Brasil, você prefere que eles simplesmente levem em consideração a nossa "realidade média" ou, dado o assunto, seja levantado mais cuidadosamente do que eles estão falando? Isso que eu estou questionando está diretamente ligado com o preceito 3. A gente não sabe quem é o "americano médio" e, a gente não sabe que tipo de modificaçõa a sociedade está passando por que nós não estamos por lá e, mesmo que estivessemos, nossa perspectiva da questão iria depender de qual é o nosso círculo de amizades e contatos - invocando preceito 2. Eu tomo como princípio a minha não ilustríssima pessoa. Se não fosse pelo local no qual eu trabalho, milhares de coisas que são absolutamente normais e corriqueiras para uma grande quantidade de pessoas não seriam para mim. Não gosto de futebol, não gosto de praia, não gosto de sol, não gosto de pagode, não assisto novela da globo e não vejo JN. Todas essas coisas juntas não necessariamente constituem uma amostra de um indíviduo mas, com uma ou com outra eu já me misturaria bem em diversas rodas mais comumente encontradas e, no entanto, eu não me misturo. Acabo sabendo das coisas por que escuto os comentário e pronto e, isso não quer dizer que minha realidade seja anormal. Que eu seja um ponto fora da curva. Tudo depende de que curva estamos falando, entenderam meu ponto? Essa é a minha realidade, só isso. E podem até existir pesquisas para verfificar quem se encaixa em qual perfil e aonde mas, lembrem-se, elas são feitas por amostragem. Tem erro. Eles consideram o erro mas... tudo nessa vida depende... :)
A esta altura do campeonato, se é que alguém chegou aqui, alguns podem estar se perguntando: Mas então ninguém pode achar nada? Ninguém pode criticar nada? Você vive em cima do muro?
E, diante dessas perguntas eu invoco todos os meus preceitos. Meu problema com as idéias que pululam por aí não é o conceito delas em si mas a forma como são defendidas e alastradas como se fossem verdades absolutas. Como se a pessoas que
formou aquela opinião tivesse de fato se dado ao trabalho de pensar sobre ela. Uma opinião, não sentimento, merece o respeito da lógica, coerência e substância do raciocínio que o levou a ela. Se a base na qual a opinião é formada é instável, ou ilógica, ou questionável, você não tem uma opinião... você tem um rascunho do que talvez, quem sabe, possa virar uma opinião. A base, é tudo.
Quanto à questão: você vive em cima do muro? Não, eu não vivo em cima do muro. Se me perguntarem em linhas gerais se eu sou à favor da guerra eu responderia que incialmente eu não vejo razões para que ela seja levada à cabo já MAS, tudo nessa vida depende. Tem várias coisas aí para serem pesadas. A guerra afeta a todos nós? Com certeza! O Bush é um louco de pedra? Na minha opinião sim. Contudo, até onde o Iraque é ou não uma ameaça real para o resto do mundo? Eu não tenho a resposta dessa questão... se às vezes todos nós enfrentamos situações ou tomamos atitudes que NOS impressionam... imagina tentar descobrir o que o Saddam Hussein na combinação pouco explosiva com o Bush pode resultar... eu não tenho a menor idéia... pode acontecer de tudo... É claro que se eu pudesse optar, eu escolheria uma solução pacífica. Para TODA a questão do mundo àrabe. Não só por conveniência mas por que eu imagino, sentada aqui na frente do meu micro, na minha casa onde não caem bombas, onde eu posso escolher o meu credo, onde eu tenho privilégios dentro da estrutura social na qual eu estou inserida, que a situação deles por lá deve ser um inferno. Deve ser horroroso viver sem saber como o dia de amanhã vai começar... sem saber se você vai terminar com todos os seus membros ou, se o alucinado do seu ditador, com o ditador do lado somado com o alucinado dos EUA vai decidir que explodir o seu quintal é uma tremenda idéia... Não digo que a cultura ocidental é melhor mas, eles tem sérios problemas por lá que precisam ser resolvidos em primeiro lugar por uma questão de paz de espírito e de vida para aqueles que são obrigados a conviver com tudo isso e, para aqueles mais egoístas, por que é um saco ficar aguentando e convivendo com a econômia mundial do jeito que ela está devido a essa zona.
Ou seja, opinião, tem para todos os gostos. Quiser assumir uma é só comprar algumas revistas e jornais e escolher o texto que mais combina com você naquele momento. Temos toda a coleção! Primavera-Verão/Outono-Inverno. Eu, escolho aqueles mais moderados... prefiro nem quem berra que sim nem quem berra quem não. Quero saber "os fatos" que a imprensa divulga mas tenho plena consciência que com a minha bunda colada na cadeira a diferença que eu faço na questão é um conjunto vazio.
Ufa... é isso... não falo mais sobre essa merda dessa guerra no meu blog por que ela é um saco mas, já estava na hora de soltar as minhas idéias infames...
|