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sexta-feira, março 07, 2003
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Saindo do centro do meu humbigo...
As pessoas à nossa volta só podem nos ensinar coisas. Na verdade elas o fazem simplesmente tomando as atitudes que tomam referentes às próprias vidas. Ou seja, nada de extraordinário... só simplesmente vivendo a vida delas elas podem nos ensinar coisas... pelo menos para mim funciona assim...
Na verdade tenho muitas pessoas valiosíssimas para mim ao meu redor. Algumas delas tem comigo uma relação de semelhança e contraste que parece brincadeira. Por um lado somos terrivelmente parecidos e por outro completamente diferentes. Independente disso, essas pessoas que a gente ama e preza, muitas vezes tomam atitudes e encaram coisas que a gente jamais encararia, em outras palavras, fazem coisas que a gente jamais faria. E isso nos coloca numa posição múltipla na qual às vezes mesmo sem compreender que é uma situação muito mais complexa do que simplesmente não concordar, temos que encontrar meios de ajudá-los a seguir o caminho que eles decidiram... entendam, não estou falando de certo e errado. Estou falando de opções que estão além do certo e errado. E o que fazer quando essas pessoas seguem por caminhos que você não seguiria, que não compreende mas, mesmo assim deseja apoiar por que, são pessoas que você ama e que você sabe que merecem o seu carinho e a sua força. O que fazer? O que fazer para dar esperança e mostrar que elas não devem desistir daquilo que elas acreditam? Por que por vezes esses caminhos são complexos... cheios de grandes obstáculos... são momentos como esses que me deixam sem palavras... por que eu gostaria de saber dar o conselho certo mas, eu não sei... eu gostaria de saber exatamente o que dizer que fosse fazer com que todas as coisas paracecem melhor... eu gostaria de dar esperança mas eu não estou certa de que é isso que eu devo fazer... vou além, eu não quero colocar meu ponto contrário em evidência por que eu não quero estar certa. Não quero que as coisas dêem errado. Quero passar uma motivação que sei que na mesma situação eu não teria e isso normalmente não seria difícil se eu não achasse toda a coisa uma loucura desde o princípio... Na verdade, o que eu estou dizendo, é que eu gostaria de ser a melhor amiga quer essa pessoa pudesse desejar. Não concordando com ela mesmo que ela estivesse errada mas, a apoiando nos momentos que ela mais precisar e sei que nesse momento ela precisa do meu apoio...
Provavelmente tudo isso é bobagem de minha parte já que, muitas vezes a gente faz mais pelos outros do que imagina simplesmente por estar disponível para ouvir o que eles tem a dizer mas, muito loucamente, eu frequentemente não fica satisfeita só com isso... sou metida... sou inquieta... quando alguém que eu amo está passando por uma situação difícil eu me sinto impelida, eu sinto a necessidade física de fazer alguma coisa... uma pena que dessa vez eu esteja tão limitada... |
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Música do dia: Cassia Eller - De Esquina |
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Quão louca uma pessoa realmente pode ser considerada à partir do momento que essa pessoa tem plena consciência da própria loucura?
Como alguém maluco olha de dentro do próprio corpo para as próprias ações e pensamentos e os julga inadequados, incoerente ou errados e no entanto eles continuam acontecendo...
Não consigo arranjar uma metáfora para a situação mas na minha opinião é mais enlouquecedor do que se eu não tivesse a consciência do quão disfuncional é o que eu estou passando... se eu achasse que estava certa, que não tinha nada de errado em fazer o que eu às vezes faço, em pensar o que eu às vezes penso eu simplesmente me sentiria certa e a sensação de inadequação não existiria por que eu sentiria que estava correta. Agora, na minha atual situação é como se duas facções morassem em mim e uma delas fosse lúcida, lógica, resolvida, calma... não sei se ideal mas, mais perto do "normal" - se é que tal coisa existe - e essa parte mais normal senta e observa de dentro todas as loucuras que eu penso e faço e tudo que ela parece poder fazer por mim é me informar de que os pensamentos e as ações não fazem sentido... são fruto de traumas... são coisas que ficaram escritas em mim mas jamais pertenceram a mim. São ecos do que uma vez me foi dito ou me foi feito acreditar de coisas que eu deveria ser mas, que na verdade eu não sou e no fundo parece que o meu real eu nunca teve uma chance de vir à tona mesmo. De tomar conta... nossa... eu dei um nó no meu cerebro agora... |
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Que difícil viu... estou um tanto quanto angustiada com uma série de coisas... Tenho péssimas novidades em relação ao meu pai, o dinheiro continua na pindura mas, o que de fato está me matando hoje é o fato de eu ter derrapado feio na minha reeducação alimentar na quarta à noite... não sei explicar e não quero... estou querendo tentar uma nova abordagem na qual eu não fico remoendo o que eu fiz. Simplesmente esqueço e bola para frente mas, estou com medo... medo de perder o pouco que conquistei nesses dois meses... tenho uma idéia da razão pela qual isso aconteceu agora... tem relação com meu pai, tem relação com sexta... Acabei de ligar para a Cassie e pedir um atendimento emergencial... não estou bem... tenho qua adimitir e mais que isso, tenho que consertar por que não quero voltar a me sentir errada... não quero que a comida perca o gosto... não quero me intoxicar assim... não sinto que perdi meu chão mas, sinto que estou patinando... preciso pisar firme de novo, e logo, por que essa iminência de quedo me sufoca... eu não sei por que as coisas deram errado... tenho milhões de teorias que pretendo explorar com a Cassie mas, preferia não ter nenhuma delas, não ter que passar por isso... justamente agora que tudo parecia estar indo direitinho... Acabei de receber a resposta... a Cassie não pode me ver hoje... mas, vai me ver segunda e depois terça... será que isso vai resolver? sei lá...
Queria fazer algo que de fato mudasse a minha situação... queria provocar uma mudança violenta. Por isso até mesmo liguei para um curso de auto-conhecimento recomendado por um amigo meu que não leva essas coisas muito a sério e, que mesmo assim me recomendou esse curso. São 900 reais... sim, dinheiro que eu não tenho mas, ao mesmo tempo, sinto urgência de fazer algo efetivo, algo que de fato mudasse ou resolvesse alguma coisa... o curso seria na semana que vem em Bragança Paulista começando na sexta à noite e termuinando no domingo à noite. A pessoa que te contou do curso deve te levar e te buscar... o meu amigo falou que faz diferença... para uns mais, para outros menos e eu, queria alguma coisa que nesse momento fizesse diferença... eu só estou profundamente triste por que parece que vou perder o tão pouquinho que eu consegui em 60 dias em 4 dias... é angustiante... eu prefiro sumir a voltar pra tudo aquilo de novo... eu só queria sequir sem problemas, mesmo devagar como estava indo... o que deu errado? Eu só queria saber isso para poder garantir que nada desse errado de novo... mais, eu vou conseguir seguri em frente? Eu vou voltar ao eixo... se eu escorregar eu não sei se arranjo força para levantar dessa vez... estou cansada... estou terrivelmente cansada de me sentir mal... pelo menos antes eu tinha a possibilidade de me sentir bem e se isso me for tirado eu não sei o que fazer... eu só estou cansada de ser minha pior inimiga... só isso... cansada... |
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quarta-feira, março 05, 2003
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Quarta-feira de cinzas literalmente cinza... para mim é uma tremenda de uma babaquice vir trabalhar meio-período... ou faz o período inteiro, ou desencana! Ninguém quer trabalhar. Todo mundo, sem exceção, vem enrolar. O que na minha opinião é MUITO mais cretino é que a empresa já possui um esquema de compensação para que ninguém trabalhe em sextas/segundas pós ou pré feriados. Por que não somar essas 4 horas no bolo e compensar também? Não faz sentido vir aqui... mas, mandaram e cá estou eu enrolando como as demais pessoas... a secretária até trouxe a filhinha dela... ou seja, zona total né...
Mas, comecei esse post para falar do meu carnaval. Mais calmo impossível. Dormi, comi, joguei, assiti a 7 filmes e gastei uma grana que eu não tenho e não vou ter em livros... Não vou dizer que me arrependo por que arrependimento não trás a porcaria do dinheiro de volta... De qualquer forma, a única noite digna de nota para vocês que vem até aqui atrás das minhas loucuras foi sexta-feira. Não citarei nomes nem situações específicas para garantir a privacidade e relacionamentos alheios. Não que a coisa tenha pegado fogo... vocês tem que manter em mente quem é que está escrevendo para vocês mas, perto do que eu ando fazendo foi: "Uau!"
Vamos ao que eu escrevi no sábado à noite depois de ter conseguido processar melhor a experiência:
Eu me sinto um coelhinho escondido na toca consciente de que tem um lobo à espera dele na saída. O problema, é que ou ele morre na toca de fome ou sai e corre suas chances com o lobo. Ultimamente ando escolhendo a toca.
Hoje passei mais um sossegado e agradável dia trancadinha em casa. Ao mesmo tempo que sinto falta de ver pessoas, passear, ir para o "agito" me sinto tão segura, tão protegida em casa. Em um ambiente controlado onde as coisas ocorrem de acordo com o que eu espero. Na verdade, na sexta, na gandaia, em determinado momento eu me senti tão assustadoramente frágil, tão vulnerável... não acho que eu esteja pronta para o mundo ainda. Senti coisas demais, mais do que na minha opinião eu deveria e mais do que eu gostaria. Não quero esses medos e essas inseguranças de volta, aliás, sendo correta, não quero lidar com eles agora já que não enfrentá-los não é sinônimo da inexistência deles. Eu só me sinto descoberta... como se qualquer coisa, nesse momento, pudesse me arrasar sem que eu tivesse como me proteger. Acho que estou tão absurdamente confusa e vulnerável que preciso, por enquanto, da proteção física das paredes da minha casa para me manter integra. Vou além, o isolamento decorre de um medo conhecido mas não concreto e paupável como o que eu senti ontém. Me senti uma criança. Completamente incapaz de proteger meus sentimentos e minha auto-estima.
O que eu acho interessante e bom em tudo isso é que eu estou caminhando da proteção e endurecimento máximo passando pela completa vulnerabilidade para chegar num meio termo saudável no qual não vou precisar ser tão arisca para me esconder nem, de fato, me esconder fisicamente (peso+isolamento). Acredito que nesse momento todos os acessos à minha pessoa estão completamente livres e tamanha ausência de fronteiras no meu coração me aterroriza por que, em momentos como esses, nos quais estamos frágeis demais, podemos encontrar desde pessoas que possam acabar nos ajudando positivamente até pessoas que destruam tudo que encontrarem no caminho. Pior, estando tão debilitada não confio no meu julgamento. Na sexta realmente me ocorreu o pensamento "Como eu gostaria de ter alguém para me proteger" e, amor/relacionamento/paixão pode ser TAMBÉM sobre proteção mas jamais primariamente sobre isso. Vou, com o tempo, tomar as rédeas das coisas de volta às minhas mãos de uma forma lúcida e saudável como acho que jamais fiz antes. E vou conseguir me sentir protegida contando única e exclusivamente comigo mesma.
Devido a solicitações vamos às linhas gerais do que aconteceu: fui com um grupo de 3 amigos para uma dicoteca? clube? boite? não sei como denominar o local... Rolava música, bebida e, na minha humilde opinião, gente estranha. Alguns de nós beberam e, os detalhes que interessam é que eu acabei beijando dois caras e uma amiga minha acabou beijando um cara que eu estava interessada e me deu o fora... Mais, um dos caras que eu beijei passou a me beijar no meio do beijo que ele dava numa das minhas amigas... confuso, mas verdadeiro... eu estava sobrando tentei sair e acabei beijada... sem mágoas da parte de ninguém é tudo muito leve e desencanado. Para mim é tudo muito estranho mas, não vem ao caso a explicaçõa foi dada.
Detalhe bonitinho da noite: encontri com um kra com quem eu havia conversado na chapelaria. Ele me abraçou, olho pro meu rosto, olhou pro funcionário da chapelaria e disse: "Essa menina tem os olhos castanhos mais lindos que eu já vi". Deu um beijo no meu rosto e foi embora. Tudo bem que ele estava bebado e, tudo bem que 20 minutos depois era ele que começou a me beijar no meio do beijo com a minha amiga mas, na chapelaria foi simplesmente bonitinho... sim, é esse tipo de coisa que ganha meu coração... (não, não elogio de bebado em chapelaria!) |
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